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Cuiabá, MT, Brazil
Graduado em Propaganda e Marketing - Universidade Estácio de Sá (RJ) e Pós-Graduado em Gestão de Varejo - Universidade Candido Mendes (RJ). Iniciei minha vida profissional no segmento do Varejo. A partir deste período, curiosamente, a letra "S" passou a fazer parte da minha carreira. Atuei no Sindicato das Casas de Diversões (RJ), SESC/RJ - Secretário da Superintendência dos Centros de Atividades, SENAC/RJ - Coordenador de Projetos no Centro de Empreendedorismo e Comércio , SENAC/MT - Gerente da Unidade Operacional focada no segmento Varejista e no SENAI/MT na Unidade de Relações com o Mercado, contribuindo como Coordenador de Projetos Especiais.

sábado, 9 de junho de 2012

Será que sua comunicação tem sentido?

Ao longo da nossa história constatamos o poder e a influência da comunicação: O homem da caverna já expressava através de escritas rupestres suas mensagens; Pero Vaz de Caminha, por intermédio de uma carta narrou para Dom Manuel, Rei de Portugal, as belezas e riquezas naturais do nosso Brasil, provocando assim a curiosidade da Corte e, por conseguinte a exploração do nosso país; Dom Pedro I através do grito “Independência ou Morte” proclamou a independência do Brasil, e em 1989 de forma coesa “os caras-pintadas” expressaram seus descontentamentos com as atitudes do governo, e conclamaram a Sociedade pelo impeachement do Pres. Fernando Collor.  
Na relação comercial, cliente e empresa, estamos na era democrática, o consumidor pode exprimir suas opiniões e reclamações através do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), e em algumas organizações investiram mais além, implantaram o canal de Ouvidoria, grande parte com atendimentos ao cliente via web em tempo real. Dentro deste contexto, não podemos deixar de falar das redes sociais, as quais se tornaram poderosas ferramentas de relacionamentos e até de convocações e protestos, como foi “O Dia do Basta!” realizado em todas as Capitais do Brasil em repúdio à corrupção. Quem não se lembra da frase "Menos Luíza, que está no Canadá"? Que virou hit na internet, a qual provocou um verdadeiro marketing viral, pois de uma simples propaganda criada para o segmento imobiliário em João Pessoa/PB, propagou para vários países.
De uma forma resumida podemos falar que o processo de comunicação envolve: Emissor, Mensagem e Receptor. Os quais sofrem interferência direta ou indiretamente dos cinco sentidos na propagação da mensagem, facilitando assim, o entendimento entre ambas as partes. Por exemplo, pela visão - quantos de nós pelo olhar de nossos pais entendemos a mensagem de desagrado ou aceitação? Ou ainda pelo olfato e paladar, através de um simples aroma imaginamos em nosso inconsciente o sabor agradável do alimento e, por conseguinte somos levados a experimentá-lo; pelo tato podemos contemplar a sutileza, textura e perfeição de um determinado produto e seu elevado design, e finalmente pela audição distinguimos uma sonoridade agradável ou não.
Percebemos o quanto a comunicação é importante em nossas vidas, e que os ruídos ou as falhas nas mensagens, são constantes, principalmente em nossas relações, quer seja pessoal ou profissional. O nosso inesquecível comunicador e apresentador, “Chacrinha – O Velho Guerreiro”, já conclamava, “Quem não se comunica, se trumbica”.  Porém não basta apenas comunicar, devemos expressar nossa mensagem de forma eficiente e eficaz.  Às vezes uma vírgula muda todo o contexto, um comunicado escrito de forma incorreta leva a empresa à falência, uma mensagem mal entendida acaba com um relacionamento, e um produto ou serviço, sem planejamento de divulgação, evidentemente, não conseguirá atingir seu público-alvo.
Geralmente esta relação das empresas com o público-alvo está sob a responsabilidade do setor de Marketing, o qual deverá trabalhar de forma sutil e cognitiva os cinco sentidos, tendo como objetivo atingir o hemisfério direito do cérebro (lado da emoção), em contraste as mensagens que atingem o hemisfério esquerdo (o lado da razão) do possível cliente, efetivando assim o “Marketing Sensorial”.
Os setores que nos últimos anos vem investindo, grandiosamente, nesta área são os de comércio, bens, serviços e turismo, que na sua maior parte, ainda tem seu cliente na forma presencial, daí a importância de “comunicar, e bem, a ação”. Em outras palavras, seria comunicar ao seu cliente que o espaço (loja, supermercado, shopping, hotel, consultório, escritório, entre outros) foi criado especialmente para ele! O cliente tem que perceber a diferença de “atmosfera”, com isto a compra ou a venda será uma consequência.

As empresas perceberam que estes fatores cognitivos, bem trabalhados, podem ser decisivos no momento da compra de um determinado bem ou serviço: Hering, Nike,
Hewlett-Packard, Times de Futebol, dentre outras, estão trabalhando muito bem os sentidos, através de lojas “Store” (conceito). A concepção do espaço é todo pensado no público-alvo, criando ambientes temáticos, dedicados à exposição, demonstração e venda dos produtos, tendo ainda em seus interiores a predominância de aromas personalizados e sonoridades adequadas aos perfis de idade, obtendo assim um feedback imediato do consumidor e consequentemente sua fidelização, além de trabalhar a marca no inconsciente do cliente.
Podemos concluir que em quaisquer ramos de negócio, devemos estar atentos, em/a todos os “sentidos”, e quem sabe desenvolvendo o sexto sentido, ou seja, a porção do subconsciente como imaginação criadora, pressentindo necessidades e desejos dos clientes, em relação aos produtos ou serviços oferecidos, proporcionando momentos inesquecíveis.
Pois bem, em que “sentido” está sendo trabalhada a comunicação e a atmosfera da sua empresa? Seus colaboradores e clientes estão exalando satisfação ou reclamação?

Vanderlei Siqueira de Mendonça
Graduado em Propaganda e Marketing,
Pós-graduado em Gestão do Varejo
 e Gerente do SENAC/MT.
Artigo publicado na Revista Star Bem - Cuiabá/MT - novembro 2012

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