QUEM SOU EU

Minha foto
Cuiabá, MT, Brazil
Graduado em Propaganda e Marketing - Universidade Estácio de Sá (RJ) e Pós-Graduado em Gestão de Varejo - Universidade Candido Mendes (RJ). Iniciei minha vida profissional no segmento do Varejo. A partir deste período, curiosamente, a letra "S" passou a fazer parte da minha carreira. Atuei no Sindicato das Casas de Diversões (RJ), SESC/RJ - Secretário da Superintendência dos Centros de Atividades, SENAC/RJ - Coordenador de Projetos no Centro de Empreendedorismo e Comércio , SENAC/MT - Gerente da Unidade Operacional focada no segmento Varejista e no SENAI/MT na Unidade de Relações com o Mercado, contribuindo como Coordenador de Projetos Especiais.

sábado, 3 de setembro de 2011

Tempos de mudanças. Quem tem olho grande mora na China!

Segundo os críticos a década de 80 foi a mais produtiva e criativa para a música nos gêneros Pop e Rock, tivemos o surgimento de várias Bandas: Legião Urbana, Titãs, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Heróis da Resistência, Nenhum de Nós, Ultraje a Rigor, Kid Abelha, entre outras, as quais expressaram como ninguém, nossos sentimentos e angústias, além é claro da primeira edição do Rock in Rio.
Concordo em gênero, letra e melodia com os analistas, e que bom que fiz parte desta geração! No entanto, também acrescentaria sambas enredos memoráveis, como o da Escola de Samba Beija Flor de Nilópolis, que em 1981, veio para avenida com o enredo “Carnaval do Brasil, A Oitava das Sete Maravilhas do Mundo” tendo como refrão... “E a muralha de longe fascina. Quem tem olho grande não entra na China”. Que sutileza de refrão, acompanhado de um poder inquestionável de fixação em nosso inconsciente. Infelizmente neste ano, ela ficou com o vice-campeonato, pois a campeã foi a Imperatriz Leopoldinense tendo no samba enredo o refrão... “Eu vou embora. Vou no trem da alegria. Ser feliz um dia. Todo dia é dia”.
Nesta década também tivemos fatos marcantes, em âmbito nacional e político, o movimento das Diretas Já! A eleição de forma indireta de Tancredo Neves à Presidência, porém morreu antes de assumir; a criação da nova Constituição Brasileira; a criação de vários Estados: Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins, o fim da Ditadura Militar no Brasil, entre outros.
Para nossa alegria, sabemos que muita coisa mudou, inclusive, hoje temos a honra de ter o Cristo Redentor fazendo parte das Sete Maravilhas do Mundo. Por outro lado, a vergonha de saber que o “trem da alegria” continua a apitar do Oiapoque ao Xuí, transportando “figuras ilustres” que barganham o dinheiro que pagamos de impostos em benefícios próprios ou de familiares, nas mais variadas estações deste nosso imenso Brasil.
Quem não se recorda, desta década fascinante, marcada também por períodos de crise, de planos considerados infalíveis para conter a inflação? Que bom que crescemos nas crises e temos, atualmente, um País competitivo e em pleno desenvolvimento. Prova disto, que o mês de julho 2011 as exportações brasileiras alcançaram o valor de US$ 22,252 bilhões, registrando um aumento de 31,9%, em comparação com mês de julho de 2010. (Fonte: www.mdic.gov.br/estatisticasdocomercioexterior)
Mas o que é crise? Segundo os chineses - o termo "crise" se escreve com dois ideogramas. Um deles sozinho significa “perigo” e o outro, também sozinho, significa “oportunidade”, mas ambos unidos representam a palavra "Crise". Ou seja, ela deve ser vista como um "perigo" iminente, mas também pode, e deve, ser encarada como uma grande "oportunidade" de aprendizado. (Fonte: Wikipédia)
Conta-se uma estória que dois vendedores, representantes comerciais, de uma conceituada empresa de sapatos foram enviados à África, por decisão do Presidente da Organização, com objetivo de vender seus produtos. O primeiro vendedor (vamos chamá-lo de crise), voltou imediatamente, alegando para seu superior que não existe clientes com o perfil desejável para compras, pois os africanos não usam sapatos. O segundo (popularmente conhecido pelo nome de oportunidade), no entanto, ligou eufórico para seu supervisor de vendas, requisitando um volume expressivo de pares, pois os africanos acharam o máximo a ideia de não andarem mais descalços.
Estórias à parte, isto é facilmente vivenciado no cenário empresarial. Vejamos o exemplo do “apagão”, crise para as empresas que fabricavam chuveiro elétrico, e oportunidade para empresas fabricantes de velas. Em outras palavras e comercialmente falando, muita das vezes o que é crise para uns pode ser oportunidade para outros.
Atualmente, a China mostra claramente este paradoxo, que nos permite tirar várias lições de otimismo e superação, e o quanto o povo chinês leva isto a sério. Não vamos entrar no mérito do comunismo, mas temos que admitir e refletir como evoluiram com os erros e sobreviveram com as oportunidades. De uma economia rural há 30 anos para um dos países mais ricos do mundo em 2011.
Atualmente, estamos presenciando uma crise econômica pela Europa e Estados Unidos, literalmente fragilizados, porém por outro lado uma China de “olho grande” aproveitando as grandes oportunidades de negócios no mercado mundial, tendo como “fiel escudeiro” um dragão, expelindo produtos competitivos, insaciável por investimentos, e ainda com energia de sobra para derrubar muralhas e blocos econômicos.
Lembram do refrão motivador da Beija Flor? O qual é entoado na concentração? Pois bem, caso seja reeditado o samba enredo de 81 no próximo carnaval e levando em conta a quebra de hegemonias econômicas, acredito que o puxador da escola, Neguinho da Beija Flor, talvez tenha que adaptá-lo à realidade:

....Olha a China aí geeente! Chora Estados Unidos!

Vanderlei S. Mendonça
Graduado em Propaganda e Marketing,
pós-graduado em Gestão do Varejo e Gerente do SENAC Varejo/MT
Artigo publicado no Jornal A Gazeta - Cuiabá/MT - maio 2011

Da Ciência ao Comércio. Da Teoria a Prática!

Em toda a história da civilização o homem sempre produziu sua subsistência e posteriormente um excedente, com a finalidade de trocar ou vender. Essa relação demonstra claramente uma negociação, o comércio.
No decorrer do tempo o homem promoveu uma série de evoluções, dentre estas à criação de mecanismos comerciais para facilitar o fluxo de mercadorias, tendo assim colaborado no desenvolvimento das sociedades, com a criação de estradas, ferrovias, portos, pontes, novas tecnologias, dentre outras variáveis, com o objetivo de atender e entender o consumidor, adaptando produtos à sua realidade de desejos e necessidades, fatos estes amplamente executados com a globalização.
Fazendo uma analogia entre o comércio e a Teoria da Origem das Espécies, escrita por Charles Darwin[1], como forma de mostrar todo o dinamismo existente entre ambos. Destaco alguns trechos descritos pelo cientista que servirão de base para este artigo:
“- No entanto, o que se observa na natureza é que tais populações não variam muito em tamanho estando o ambiente em equilíbrio”... “Espera-se que vários dos novos indivíduos acrescidos a essas populações não cheguem a sobreviver até a fase adulta”... “Deve haver, então, entre eles uma luta pela existência e apenas aqueles mais adaptados ao ambiente onde vivem conseguirão se reproduzir e passar essas características para frente”.
O cientista ainda ressalta que “levando em consideração que apenas aqueles seres portadores das características mais adaptativas conseguirão chegar à fase adulta e se reproduzir, cada vez mais as novas gerações acumularão variações vantajosas para viver naquele ambiente específico.”
Traçando um comparativo percebemos vários fatores implícitos entre a Teoria citada e o ambiente empresarial: Concorrência; Comodismo; Experiência de Mercado; Estratégias e Visão Holística.
O varejo, dos tempos de concorrência simples, baseada no preço, está ficando para trás. Segundo [2]Philip Kotler, especialista em Marketing, “ter baixos preços não é suficiente para se construir um empreendimento viável, é preciso agregar qualidade e atendimento para que o cliente sinta que está comprando com base no valor.”
Os empresários deverão se adequar ao modelo de criação de valores para seus clientes, o que implica em maximizar benefícios valiosos, minimizar os custos, e adotar algum diferencial em relação aos concorrentes, diferencial esse que esteja em “mutação” constante para não ser imitado.
A intensa competitividade devido ao surgimento de novos formatos (Ex.: Atacarejo) e de novas tecnologias (Ex.: Merchandisings eletrônicos, RFID, vending machines), acrescidas das mudanças nas necessidades e exigências do cliente, estão forçando o setor a dedicarem mais atenção às estratégias de curto e médio prazo.
Devido ao alto dinamismo do setor, isto permite que pequenos e grandes estejam competindo num mesmo mercado, mas sem sombra de dúvida não será o grande que vencerá o pequeno, mas o lento que perderá do rápido. A empresa que tiver velocidade para acompanhar o que o mercado quer conseguirá manter e aumentar sua fatia de participação no mercado, ou seja, seu market share.
Atualmente percebemos grandes grupos investindo valores astronômicos em mídias e em constantes promoções. Mas existem ações que se tornam verdadeiras armas para os pequenos e que normalmente os grandes, ainda têm, dificuldades de perceberem seus valores ou aplicarem seus conceitos.
Àquelas que mais conseguem resultados na verdade não custam nada: Colocar um sorriso no rosto, agir com honestidade, cumprimentar o cliente, chamá-lo pelo nome, conhecer seus gostos e suas preferências, atitudes que se fizerem parte do cotidiano, geram um relacionamento e um ambiente favorável para a freqüência constante dele na empresa, permitindo assim sua fidelidade, objetivo este perseguido em todo tipo de negócio.
Enfim, as organizações para sobreviverem têm que estar atentas a “evolução” do mercado e as constantes “metamorfoses”, acompanhando o “ciclo de vida” de seus produtos e serviços, com o objetivo de alinhá-los aos comportamentos e aos perfis de seus atuais e futuros clientes, hoje cada vez mais exigentes e seletivos.
Não fique apenas na “teoria”. Coloque seus objetivos em “prática”, ou você prefere constar na lista de empresas em extinção?
Vanderlei S. Mendonça
Graduado em Propaganda e Marketing,
pós-graduado em Gestão do Varejo e Gerente do SENAC Varejo/MT
Artigo publicado na Revista Paralelo 16 - Cuiabá/MT - setembro 2011


[1] A Origem das Espécies (em inglês: On the Origin of Species), do naturalista britânico Charles Darwin, é um dos livros mais importantes da história da ciência, apresentando a Teoria da Evolução, base de toda biologia moderna. Fonte: Wikipédia.
[2] KOTLER, P. Administração de Marketing, 2007.