QUEM SOU EU

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Cuiabá, MT, Brazil
Graduado em Propaganda e Marketing - Universidade Estácio de Sá (RJ) e Pós-Graduado em Gestão de Varejo - Universidade Candido Mendes (RJ). Iniciei minha vida profissional no segmento do Varejo. A partir deste período, curiosamente, a letra "S" passou a fazer parte da minha carreira. Atuei no Sindicato das Casas de Diversões (RJ), SESC/RJ - Secretário da Superintendência dos Centros de Atividades, SENAC/RJ - Coordenador de Projetos no Centro de Empreendedorismo e Comércio , SENAC/MT - Gerente da Unidade Operacional focada no segmento Varejista e no SENAI/MT na Unidade de Relações com o Mercado, contribuindo como Coordenador de Projetos Especiais.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Sonho da Esperança e o Pesadelo Social



Sonhei que estava sonhando, um sonho sonhado... um Brasil sem miséria, escravos libertos, presídios implodidos, analfabetismo erradicado, ensino e saúde pública qualificada, valorização do magistério,  ampla qualidade de vida, leis benéficas para a sociedade, políticos a serviço do povo, cultura para todas as classes sociais e reservas naturais preservadas.  Ai de mim! Falso sonho que eu sonhava... pois a realidade é outra, apesar de estarmos em evidência no cenário econômico, concretização de eventos mundiais, aumento do poder de compra, classes sociais em ascensão, superávit e produção recorde de alimentos. Isto não basta!

A desvalorização social é uma realidade, continuamos assistindo a seca e o sofrimento do povo nordestino, em plena era do boom agro tecnológico, somos impactados por notícias de trabalhadores sendo escravizados por um simples prato de comida, ou ainda crianças prostituindo-se por quantias ínfimas com aval dos genitores. Presídios cada vez mais lotados, com filhos que matam pais, pais que matam filhos, vidas sendo ceifadas por um simples celular, tênis de marca ou por discussões sem motivos relevantes. As drogas evoluindo nas mais diversas formas e imperando por todas as camadas sociais.

Na educação o medo caminha lado a lado, alunos dispostos a brigarem, literalmente, com professores, por razões banais, somados ao descaso profissional e salarial pelos poderes públicos. Presenciamos as criações das mais variadas “bolsas” pelos governos, no entanto os recursos para uma educação qualificada e estruturada, ainda é uma utopia. Atualmente a educação gratuita gera comparações pelos melhores benefícios e não pela qualidade do ensino.
Em relação à saúde sofremos com o descaso dos governantes, leitos sendo disponibilizados no chão e operações realizadas, numa espécie de roleta russa, em alguns casos equipamentos novos e encaixotados depreciando com o tempo. A busca constante pela inserção e permanência no mercado de trabalho criando o estresse, como consequência a depressão culminando de forma silenciosa, gerando o abatimento moral e físico com impactos nos setores produtivos e sociais. O ter é mais valorizado do que o ser!
No segmento político, “nossos representantes”, na grande maioria, legislam em causa própria ou para entidades coniventes. Faltam incentivos fiscais para o turismo nacional, pois muitas das vezes as viagens internacionais são mais econômicas, gerando o desconhecimento da grandiosidade e riqueza deste imenso Brasil. O acesso à cultura é limitado para poucos!

Quanto à questão ambiental, percebemos que a população está mais consciente da importância de preservar nossa biodiversidade, porém na prática ainda temos muito por fazer, para que a geração futura tenha um planeta mais verde. Nos meados da década de 70, Roberto e Erasmo Carlos já cantavam e sonhavam com a preservação do meio ambiente, a chamada ecologia, mas segundo alguns diretores de renomadas gravadoras, baleias e natureza não compravam discos! Em prol do nosso planeta, ONGS foram criadas, pelos mais variados artistas, dentre eles Sting e Bono Vox, sendo abraçadas e reverenciadas pelos brasileiros. Em recente show artístico, Erasmo disse que descobriu que o grande erro da dupla, simplesmente, foi não expressar seus ideais em inglês, talvez a questão ambiental, fosse discutida precocemente.

Para que não continuemos a ter pesadelos em nossa história política e social, a educação, saúde e cultura devem ser prioridades para a evolução de um país digno e justo.

Ai de mim! Eu sonhei que não sonhava... mais sonhei!!

Vanderlei S. Mendonça
Graduado em Propaganda e Marketing
Pós-graduado em Gestão de Varejo
Artigo publicado no Jornal A Gazeta - Cuiabá/MT - junho 2013