QUEM SOU EU

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Cuiabá, MT, Brazil
Graduado em Propaganda e Marketing - Universidade Estácio de Sá (RJ) e Pós-Graduado em Gestão de Varejo - Universidade Candido Mendes (RJ). Iniciei minha vida profissional no segmento do Varejo. A partir deste período, curiosamente, a letra "S" passou a fazer parte da minha carreira. Atuei no Sindicato das Casas de Diversões (RJ), SESC/RJ - Secretário da Superintendência dos Centros de Atividades, SENAC/RJ - Coordenador de Projetos no Centro de Empreendedorismo e Comércio , SENAC/MT - Gerente da Unidade Operacional focada no segmento Varejista e no SENAI/MT na Unidade de Relações com o Mercado, contribuindo como Coordenador de Projetos Especiais.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vamos colocar o preto no branco?


Nas últimas semanas perdemos Nelson Mandela, ou melhor, “Rolihlaha”, que na etnia xhosa significa “encrenqueiro”. Pode parecer estranho o significado do seu nome, que no sentido amplo da palavra seria “meter-se em encrenca”, mas que na minha humilde visão, trocaria por “luta por um ideal”. Foi isto que ele praticou ao longo de sua vida, muitas vezes reivindicando direitos nas ruas junto ao seu povo, em outras num “silêncio falante” de 27 anos de prisão, ou já liberto, no gesto marcante de sua presença na Copa do Mundo de Rúgbi, esporte praticado por “brancos”, promovendo e selando a união de raças no seu país.
Ao longo da nossa história mundial tivemos muitos líderes com ideais semelhantes. Martin Luther king Jr, também persistiu no ideal do fim da segregação, no fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos, praticando a desobediência civil não violenta do líder indiano Mahatma Gandhi. No Brasil tivemos o Zumbi dos Palmares, o qual não aceitou a opressão portuguesa.
Em tempos de copa de mundo, o esporte também tem seu papel preponderante na união e reunião de diferentes nações, em uma miscigenação de cores e alegria, mesmo que em certos casos seja momentâneo, como aconteceu em 1969 com o Santos de Pelé, pois em solo africano, conseguiu, mediante ao futebol, parar uma sangrenta guerra no leste da Nigéria, ficando este dia marcado como “guerra suspensa”.

Em se tratando da prática da virtude em ação, não podemos deixar de mencionar o presidente do Supremo Federal, Joaquim Barbosa, que em meio ao descrédito judiciário, resgatou a prática de uma justiça imparcial.
Percebemos que a liderança é nata, embora possa ser desenvolvida através da aprendizagem e da experiência, em um conjunto de atitudes e ações, que serão capazes de influenciar pessoas de forma positiva ou negativa. É triste quando, presenciamos, principalmente, na política, líderes com um passado de luta, perseverantes em seus pensamentos e nas suas obstinações em mudar o “mundo”, mas quando chegam ao ápice de sua carreira, deixam se levar pela ganância monetária e do poder. 
Sabemos que cada líder tem uma particularidade, uma causa, um sonho, um ideal, e que devemos ter discernimento como discípulos. No entanto que Mandela, seja exemplo para futuras gerações, independente de cor ou credo. Ele que era formado em Direito, um sabedor das Leis, lutou para que se cumprisse o preto no branco, ou seja, o preto da tinta no branco do papel, simplesmente perseverando pela “igualdade para todos”!
 
Vanderlei Siqueira de Mendonça
Graduado em Propaganda e Marketing
e pós-graduado em Varejo.
Artigo Publicado no Jornal A Gazeta - Cuiabá/MT, Dez/2013.


sábado, 30 de novembro de 2013

Toda ação gera uma reação

O mês de novembro é marcado pela Semana Global do Empreendedorismo participam deste movimento mais de 130 países, milhares de organizações e milhões de pessoas. Observamos que desde os primórdios da humanidade, o sentimento de inquietação de empreender já era bastante aguçado em algumas pessoas, são perfis visionários, que questionam, arriscam e fazem a diferença.

Prova disto foi o invento da roda, o invento do avião por Santos Dumont, a criação da lâmpada por Thomas Edison, o descobrimento da América por Cristóvão Colombo, ou ainda no campo social a implementação do microcrédito, sem exigência de garantias para pessoas em extrema pobreza, que rendeu ao bengalês Muhammad Yunus, o prêmio Nobel da Paz em 2006.

Fazendo uma analogia com a teoria de Isaac Newton, a qual preconiza que toda ação gera uma reação, podemos então adaptá-la ao campo pessoal e profissional. Mas primeiro devemos entender o que é ação: “ato ou efeito de agir” seguido de reação “resposta a uma ação por meio de outra”. Com a permissão do renomado cientista acrescentaria que toda ação gera uma reação tendo como resultado uma transformação, a qual pode ser positiva, como já citamos, ou negativa, como a bomba atômica.

Remetendo ao cenário empresarial, percebemos que este sentimento de criação e inovação, muita das vezes é confundido pelos nossos empreendedores, fato este comprovadamente percebido com o crescente número de empresas dos mais diversos segmentos sendo criadas, no Brasil e no mundo, pois confundem os sentimentos citados, com uma carta de alforria, buscam a liberdade e o enriquecimento rápido, na verdade predominam em seus corações o desejo de serem, simplesmente, “patrões”.

Com isto, enfrentam seus medos e desafios de “bolsos abertos”, obtendo sucesso ou fracasso, pois empregam suas economias em segmentos que desconhecem, sem a devida análise: perfil do cliente alvo, localização da empresa, fornecedores, canais de distribuição, carga tributária, estratégias comerciais, dentre outros. Mas isto só corrobora com o significado da palavra “empreendedor” (entrepreneur) de origem francesa significa aquele que assume riscos e começa algo novo.

Este cenário está mudando, estudos recentes comprovam que 50% das empresas encerravam suas atividades nos primeiros anos de vida, porém com a criação de órgãos e entidades de apoio ao empreendedor, com consultorias e cursos norteadores para a área, este índice de sobrevivência, atualmente, chegou a 76% nos dois primeiros anos de vida, um mérito perseguido. Vale ressaltar que instituições de ensino fundamental, médio e superior estão inserindo em suas grades disciplinares a referida matéria, como forma de preparar seus egressos em suas ambições criativas e inovadoras.

Este fato é relevante, pois é facilmente percebido, principalmente na tecnologia da informação, com a criação de empresas no desenvolvimento de sites, games, softwares, relacionamentos...que o diga Mark E. Zuckerberg, um dos fundadores do facebook, o qual dispensa comentários.

Resumindo, podemos afirmar que inovação, seria a junção da “ação” com o “novo” em criar uma necessidade ou uma novidade, a qual ninguém ousou pensar em desenvolver, podendo estar contida em processos, serviços, gestão, atendimento, design, produtos, tecnologia e etc.

E você o que está esperando? Transforme suas ideias em soluções sem perder a linha de ação, pois a perseverança é a reação do sucesso!
 Vanderlei S. Mendonça
Graduado em Propaganda e Marketing,
pós-graduado em Gestão do Varejo
vandermendonca@hotmail.com

Artigo Publicado no Jornal A Gazeta - Cuiabá/MT, Nov/2013.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Sonho da Esperança e o Pesadelo Social



Sonhei que estava sonhando, um sonho sonhado... um Brasil sem miséria, escravos libertos, presídios implodidos, analfabetismo erradicado, ensino e saúde pública qualificada, valorização do magistério,  ampla qualidade de vida, leis benéficas para a sociedade, políticos a serviço do povo, cultura para todas as classes sociais e reservas naturais preservadas.  Ai de mim! Falso sonho que eu sonhava... pois a realidade é outra, apesar de estarmos em evidência no cenário econômico, concretização de eventos mundiais, aumento do poder de compra, classes sociais em ascensão, superávit e produção recorde de alimentos. Isto não basta!

A desvalorização social é uma realidade, continuamos assistindo a seca e o sofrimento do povo nordestino, em plena era do boom agro tecnológico, somos impactados por notícias de trabalhadores sendo escravizados por um simples prato de comida, ou ainda crianças prostituindo-se por quantias ínfimas com aval dos genitores. Presídios cada vez mais lotados, com filhos que matam pais, pais que matam filhos, vidas sendo ceifadas por um simples celular, tênis de marca ou por discussões sem motivos relevantes. As drogas evoluindo nas mais diversas formas e imperando por todas as camadas sociais.

Na educação o medo caminha lado a lado, alunos dispostos a brigarem, literalmente, com professores, por razões banais, somados ao descaso profissional e salarial pelos poderes públicos. Presenciamos as criações das mais variadas “bolsas” pelos governos, no entanto os recursos para uma educação qualificada e estruturada, ainda é uma utopia. Atualmente a educação gratuita gera comparações pelos melhores benefícios e não pela qualidade do ensino.
Em relação à saúde sofremos com o descaso dos governantes, leitos sendo disponibilizados no chão e operações realizadas, numa espécie de roleta russa, em alguns casos equipamentos novos e encaixotados depreciando com o tempo. A busca constante pela inserção e permanência no mercado de trabalho criando o estresse, como consequência a depressão culminando de forma silenciosa, gerando o abatimento moral e físico com impactos nos setores produtivos e sociais. O ter é mais valorizado do que o ser!
No segmento político, “nossos representantes”, na grande maioria, legislam em causa própria ou para entidades coniventes. Faltam incentivos fiscais para o turismo nacional, pois muitas das vezes as viagens internacionais são mais econômicas, gerando o desconhecimento da grandiosidade e riqueza deste imenso Brasil. O acesso à cultura é limitado para poucos!

Quanto à questão ambiental, percebemos que a população está mais consciente da importância de preservar nossa biodiversidade, porém na prática ainda temos muito por fazer, para que a geração futura tenha um planeta mais verde. Nos meados da década de 70, Roberto e Erasmo Carlos já cantavam e sonhavam com a preservação do meio ambiente, a chamada ecologia, mas segundo alguns diretores de renomadas gravadoras, baleias e natureza não compravam discos! Em prol do nosso planeta, ONGS foram criadas, pelos mais variados artistas, dentre eles Sting e Bono Vox, sendo abraçadas e reverenciadas pelos brasileiros. Em recente show artístico, Erasmo disse que descobriu que o grande erro da dupla, simplesmente, foi não expressar seus ideais em inglês, talvez a questão ambiental, fosse discutida precocemente.

Para que não continuemos a ter pesadelos em nossa história política e social, a educação, saúde e cultura devem ser prioridades para a evolução de um país digno e justo.

Ai de mim! Eu sonhei que não sonhava... mais sonhei!!

Vanderlei S. Mendonça
Graduado em Propaganda e Marketing
Pós-graduado em Gestão de Varejo
Artigo publicado no Jornal A Gazeta - Cuiabá/MT - junho 2013